Mulher é presa suspeita de matar filho e jogar corpo no rio em RS; Menino era obrigado a escrever frases ofensivas em caderno


Uma mulher de 26 anos foi presa em flagrante suspeita de matar o filho, Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, e jogar o corpo em um rio em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. O fato aconteceu no final de julho. Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues teria dado remédios para a criança. De acordo com a polícia, o menino vivia sob intensa tortura física e psicológica.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Antonio Carlos Ractz, em depoimento à polícia, a mulher confessou o crime.

Mulher é presa suspeita de matar filho e jogar corpo no rio em RS; Menino era obrigado a escrever frases ofensivas em caderno

“Colhendo os depoimentos nós já pudemos apurar, inclusive contando com a confissão dela com a presença de advogado, que a criança vivia sob tortura, física e psicológica”, diz. O advogado de defesa da mulher e da companheira dela, Bruno Vasconcellos, informou que só vai se manifestar nos autos do processo.

De acordo com a Brigada Militar e a Polícia Civil, Yasmin teria ido até a Delegacia de Polícia de Tramandaí na noite de quinta-feira (29/07) para registrar que o filho estava desaparecido há dois dias, em Imbé.

Após o registro foram feitas buscas na casa da suspeita. No local, a polícia encontrou uma mala que teria sido usada para transportar o corpo do menino até o local onde ele foi jogado, no Rio Tramandaí, no limite entre Tramandaí e Imbé.

Tortura física e psicológica
 
O delegado destaca que a criança sofria tortura física e psicológica por parte da mãe.

“O que já está claro e nós vamos confirmar durante as investigações é que a criança vivia sobre intensa tortura física e psicológica. Era desnutrida, embora tivesse matriculada na escola, não tinha amigos, não frequentava lugar algum, era trancada em um cômodo da casa, posta de castigo, trancada amarrada dentro de um roupeiro”, descreve.

Durante todo o interrogatório, segundo o delegado, a mulher não demonstrava nenhum sentimento pelo filho. “A preocupação é com a companheira, não com a criança. Ela declarou que o filho atrapalhava ela”, disse.

Frases ofensivas

Esta semana, a Polícia Civil apreendeu cadernos com frases ofensivas (veja no começo da matéria), que segundo a investigação eram copiadas por Miguel, de 7 anos.

Segundo o delegado Antonio Carlos Ractz, Miguel era obrigado a copiar frases como “eu sou um idiota”, “não mereço a mamãe que eu tenho”, “eu sou ladrão, “eu sou ruim” e “eu sou um filho horrível”.

A polícia fez buscas em dois apartamentos onde Miguel morou com a mãe, no Balneário de Santa Terezinha e outro no centro de Imbé. Além dos cadernos, a polícia também localizou uma corrente, que seria utilizada para manter a criança presa.

Mulher é presa suspeita de matar filho e jogar corpo no rio em RS; Menino era obrigado a escrever frases ofensivas em caderno

Segundo o relato feito à polícia, a mãe dopou a criança usando medicamentos, colocou o corpo dentro de uma mala e jogou no Rio Tramandaí, há uma semana.

Sétimo dia de buscas

O Corpo de Bombeiros Militar acredita que o corpo tenha sido levado para o mar, onde o rio desemboca, devido à vazante. As buscas chegaram ao sétimo dia na quarta-feira (4), e são realizadas entre a praia de Tramandaí e a cidade de Torres, no Litoral Norte do RS.

Drones também são empregados nas buscas. Nesta semana, cães farejadores também devem passar a ser usados.

Mulher é presa suspeita de matar filho e jogar corpo no rio em RS; Menino era obrigado a escrever frases ofensivas em caderno

“Hoje [quarta] as nossas buscas se manterão na orla, deslocamento pela areia e visualização do mar com o drone. Água do mar com boa visualização, nível do rio e lagoa muito baixos”, diz o tenente Elísio Lucrécio.

Lucrécio informou também que estão sendo feitas buscas em locais próximos à casa onde a família morava.

“A gente não descarta a possibilidade dela ter largado essa criança em outro lugar. E também não descartamos a ideia de que, aquela criança talvez não coubesse dentro da mala. Então tem outras linhas de atuação sendo vistas. Mas são locais de difícil acesso, com mato fechado, lodo”, diz. 

Fonte: G1


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