PF faz operação contra servidores que recebiam propina para proteger madeireiros em RO


Operação foi realizada nesta sexta-feira (25) em Porto Velho e Candeias. Ao todo, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

Ação foi feita pela PF de Porto Velho — Foto: Diêgo Holanda/G1
Ação foi feita pela PF de Porto Velho — Foto: Diêgo Holanda/G1

 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (25) uma operação contra uma quadrilha especializada na exploração ilegal de madeiras na região da Ponta do Abunã, em Porto Velho. Ao todo, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Segundo a PF, o grupo investigado tinha a participação de servidores federais e estaduais que recebiam propina para viabilizar a atividade dos madeireiros.

A investigação da Operação Pudim iniciou em 2016, quando os agentes da PF apreenderam R$ 4 mil em pertences de servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Na época, os investigadores vasculharam os celulares dos servidores e descobriram um grupo no WhatsApp onde os servidores públicos avisavam madeireiros sobre as fiscalizações ambientais. O esquema envolvia até o pagamento de propinas para os servidores, “a fim de possibilitar a continuidade do esquema fraudulento de exploração ilegal de madeira na região”.

Segundo a PF, a propina paga mensalmente era repassada ao ex-chefe do escritório da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, no distrito de Extrema. A polícia diz que esse valor era dividido entre servidores dos órgãos de fiscalização envolvidos no esquema.

Os 15 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho.

A Operação Pudim, que também teve o apoio do Ministério Público Federal (MPF), envolveu a participação de 60 policiais. Além dos distritos de Porto Velho, a PF cumpriu mandados em Candeias do Jamari.

Os investigados responderão por associação criminosa, corrupção ativa e passiva.

Pudim

Segundo a PF, a operação foi chamada de Pudim em “alusão ao nome utilizado pelos criminosos do valor arrecadado ilegalmente para pagamento de propina aos servidores públicos”.

Fonte: G1/RO


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